segunda-feira, 15 de setembro de 2025

TAREFA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA 20/09/25 – VALE 10,0%

Primeiramente, quero que leiam as REGRAS DE TAREFA:

(http://cursopreparatorioparacefetmt.blogspot.com/2022/01/regras-de-tarefa-do-curso-para-novos.html) para realizarem-na de forma correta e não deixar que sejam desclassificadas.

 

Nesta semana não teremos tarefa de matemática: somente esta de língua portuguesa.

 

O médico-jardineiro anônimo

 

O personagem da coluna de hoje é um médico homeopata, cujas iniciais são FK, que se dispôs a falar sobre seu inusitado hobby com uma condição: o anonimato. "Não gosto de aparecer", justifica.

Quando estudava na faculdade de medicina - especializou-se em gastroenterologia -, ele se interessou pelo cultivo de plantas e de árvores; fez do jardim de sua casa um espaço terapêutico. Aprendi praticamente tudo sozinho", orgulha-se. Aprimorou-se tecnicamente na fazenda que possui em Paraty, transformada em um laboratório particular de paisagismo.

Seu hobby se tornou uma marca registrada. "Quando sou convidado a um sítio, não levo vinho. Chego com uma muda de árvore para ser plantada. É ótimo. Quando volto ao lugar, todos comentam o desenvolvimento da muda."

Ao se mudar para o bairro Alto da Boa Vista, há três anos, foi mais longe e optou pelas intervenções públicas. Tocava a campainha das casas dos desconhecidos vizinhos e, atendido pelo interfone, fazia a estranha oferta. Pedia autorização para plantar na calçada deles e ainda lhes oferecia um cardápio de árvores com várias opções.

Inicialmente, alguns vizinhos - protegidos pelas grades e muros altos - consideraram o médico-jardineiro um tanto exótico; outros desconfiavam de sua saúde mental.

As suspeitas desapareceram quando brotaram as flores e surgiram as frutas, com suas cores e aromas, das pitangueiras, das jabuticabeiras ou dos abacateiros. Com as cores e aromas vieram os pássaros.

Todas as semanas, ele vai à Ceagesp e compra pelo menos dez mudas de árvore, as quais submete a um rígido controle de qualidade antes de serem plantadas. Só depois sai à procura do melhor lugar para enterrá-las e as oferece a alguém, a quem ensina como cuidar delas.

Ele lastima que as escolas não ensinem o paisagismo às crianças. "É um erro", lamenta. "Manter a qualidade de vida é o melhor sinal de civilização. Não sei por que as pessoas não se preocupam com isso."

E por que não quer aparecer? - pergunto. "Porque eu sinto ainda mais prazer em melhorar, sem ter publicidade, a minha comunidade."

 


Gilberto Dimenstein. O médico jardineiro anônimo. Folha de São Paulo, São Paulo. 26 de março de 2003.

 

01) Gilberto Dimenstein inicia o texto apresentando o personagem da coluna e o que ele faz. O que é destacado a respeito desse personagem no primeiro parágrafo?

a) Sua personalidade marcante

b) Seu profissionalismo

c) Sua vontade de ficar de anonimato

d) Sua determinação dentro do ramo da jardinagem

e) nra

 

02) Sobre a questão 01 acima, é correto dizer que:

a) Fica subtendida a ideia de que o objetivo do médico é realmente trabalhar em prol da comunidade e não promover a si mesmo.

b) A personalidade do médico, mesmo sendo um excelente profissional, é excentricidade não querer demonstrar seu verdadeiro nome.

c) O anonimato é uma constante na vida do médico, uma vez eu ele não pode ter suas profissões ao mesmo tempo.

d) O médico é um personagem criado pelo autor da matéria.

e) nra

 

03) Observe que o articulista, ao referir-se ao anonimato, reproduz exatamente a fala do médico. Com que finalidade ele utiliza este recurso?

a) Para demonstrar a familiaridade que há entre os dois, pessoas conhecidas de longa data.

b) Para comprovar que esse desejo é real e, com isso, dar maior credibilidade ao que é dito no texto.

c) É uma forma de estreitar o entendimento do leitor, muitas vezes não tão assíduo ao assunto da jardinagem.

d) Para economizar palavras.

e) nra

 

04) Ainda sobre o texto, é incorreto afirmar que:

a) Levando em conta o assunto abordado, a provável finalidade desse texto é divulgar as ações do médico e instigar o leitor a refletir sobre as suas próprias atitudes;

b) O texto é dirigido aos leitores de um modo geral e, principalmente, aos que se preocupam em promover ações que melhorem e transformem a comunidade em que vivem;

c) No final do artigo o médico "lastima que as escolas não ensinem o paisagismo às crianças”;

d) A cada 10 semanas o médico se dirige a Ceagesp e ao adquirir várias mudas de árvore, ele pré-avalia sua qualidade antes de plantar;

e) nra

 

05) No período abaixo, podemos verificar a presença de qual figura de linguagem?

“Quando estudava na faculdade de medicina - especializou-se em gastroenterologia -, ele se interessou pelo cultivo de plantas e de árvores;”

 

a) Hipérbato

b) Antonomásia

c) Transnominação

d) Antítese

e) Cacofemismo

 

06) Em qual dos trechos abaixo, retirados do texto, apresenta-se a figura Zeugma?

a) Seu hobby se tornou uma marca registrada.

b) Quando volto ao lugar, todos comentam o desenvolvimento da muda."

c) Tocava a campainha das casas dos desconhecidos vizinhos e, atendido pelo interfone, fazia a estranha oferta.

d) Inicialmente, alguns vizinhos - protegidos pelas grades e muros altos - consideraram o médico-jardineiro um tanto exótico; outros desconfiavam de sua saúde mental.

e) As suspeitas desapareceram quando brotaram as flores e surgiram as frutas, com suas cores e aromas, das pitangueiras, das jabuticabeiras ou dos abacateiros.

 

07) Em “...ele se interessou pelo cultivo de plantas e de árvores; fez do jardim de sua casa um espaço terapêutico.” Temos:

a) Polissíndeto

b) Comparação

c) Assíndeto

d) Metáfora

e) Eufemismo

 

08) Em todas as alternativas, são apresentados trechos de canções e a figura de linguagem utilizada. Porém uma delas está INCORRETA. Qual?

a) “Bang (bang), dei meu tiro certo em você (vem)
Deixa que eu faço acontecer (vem)” (Anitta) – Onomatopeia

b) “Acabou guerra, é paz
Só se faz o bem, só o bem se faz” (Marinês) - Antítese

c) “E agora você diz: Vem cá que eu te quero

Quando eu passo no Camaro amarelo” (Munhoz e Mariano) – Metonímia

d) “Eu sou a mosca que pousou em sua sopa
Eu sou a mosca que pintou pra lhe abusar” (Raul Seixas) – Metáfora

e) “Musa do calçadão, aí todo povo comenta
No tempero dela tem pimenta” (Xamã) – Gradação