segunda-feira, 7 de outubro de 2024

TAREFA DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA 12/10/24 – VALE 5,0%

Primeiramente, quero que leiam as REGRAS DE TAREFA:

(http://cursopreparatorioparacefetmt.blogspot.com/2022/01/regras-de-tarefa-do-curso-para-novos.html) para realizarem-na de forma correta e não deixar que sejam desclassificadas.

 

Namoro a Cavalo

 

Eu moro em Catumbi. Mas a desgraça
Que rege minha vida malfadada
Pôs lá no fim da rua do Catete
A minha Dulcinéia namorada.

Alugo (três mil réis) por uma tarde
Um cavalo de trote (que esparrela!)
Só para erguer meus olhos suspirando
À minha namorada na janela...

Todo o meu ordenado vai-se em flores
E em lindas folhas de papel bordado
Onde eu escrevo trêmulo, amoroso,
Algum verso bonito... mas furtado.

Morro pela menina, junto dela
Nem ouso suspirar de acanhamento...
Se ela quisesse eu acabava a história
Como toda a Comédia — em casamento.

Ontem tinha chovido... que desgraça!
Eu ia a trote inglês ardendo em chama,
Mas lá vai senão quando uma carroça
Minhas roupas tafuis encheu de lama...

Eu não desanimei. Se Dom Quixote
No Rocinante erguendo a larga espada
Nunca voltou de medo, eu, mais valente,
Fui mesmo sujo ver a namorada...

Mas eis que no passar pelo sobrado
Onde habita nas lojas minha bela
Por ver-me tão lodoso ela irritada
Bateu-me sobre as ventas a janela...

O cavalo ignorante de namoros
Entre dentes tomou a bofetada,
Arrepia-se, pula, e dá-me um tombo
Com pernas para o ar, sobre a calçada...

Dei ao diabo os namoros. Escovado
Meu chapéu que sofrera no pagode
Dei de pernas corrido e cabisbaixo
E berrando de raiva como um bode.

Circunstância agravante. A calça inglesa
Rasgou-se no cair de meio a meio,
O sangue pelas ventas me corria
Em paga do amoroso devaneio!...

Publicado no livro Poesias de Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1853). Poema integrante da série Segunda Parte.

 


01) O poema se inicia com o eu lírico anunciando o lugar onde ele e a namorada moram. Esta referência é...

a) Importante, para situar os personagens dentro da trama que se mostra fantasiosa e lúdica;

b) Desnecessária, uma vez que no decorrer do texto fica claro os aspectos pertencentes aos dois personagens;

c) Acessória, pois não influencia em nada na interpretação do texto;

d) Significativa, pois ele quer esclarecer que a distância entre sua casa e a casa da namorada foi a causa de sua desventura;

e) nra

 

02) Sobre o texto é incorreto afirmar que:

a) Da segunda a quarta estrofe é mostrado o que o eu lírico faz e o que sente por causa desse amor;

b) Ao vê-la na janela, ele apenas olha para ela e suspira;

c) A menina sabe do interesse do eu lírico;

d) O eu lírico copia, provavelmente, versos escritos por outras pessoas para colocá-los nos bilhetes que envia;

e) nra

 

03) Na segunda estrofe do texto...

a) Há duas expressões dentro de parênteses pois apresentam informações que o eu lírico deseja destacar;

b) Ao utilizar a expressão "três mil réis" o eu lírico deixa claro o baixo investimento que fazia pela amada;

c) Ainda na expressão "três mil réis" o eu lírico deseja realçar o quanto era rico;

d) Com a expressão "que esparrela!” O eu lírico se refere ao tombo que o cavalo levou em uma das vezes que foi ver a namorada;

e) nra

 

04) Nas quatro primeiras estrofes, predomina, nas formas verbais o uso do...

a) Pretérito Perfeito do Indicativo;

b) Presente do indicativo;

c) Pretérito Imperfeito do Indicativo;

d) Futuro do Presente do Indicativo;

e) Futuro do Pretérito do Indicativo.

 

05) Um fato provoca uma transformação na rotina do eu lírico. Em que estrofe se inicia essa transformação?

a) Na quarta estrofe;

b) Na quinta estrofe;

c) Na sexta estrofe;

d) Na sétima estrofe

e) Na oitava estrofe.

 

06) As últimas estrofes trazem o desfecho do poema. Esse desfecho é:

a) Trágico

b) Cômico

c) Revelador

d) Romântico

e) Surreal